Foto: Academia Samurai

Foto: Academia Samurai

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Campanha Gracie turma só para mulheres....




Agência Patrícia Galvão selecionou alguns números das principais pesquisas sobre violência doméstica:
Mapa da Violência 2012 - Instituto Sangari (abril de 2012)

De 1980 a 2010, foram assassinadas no país perto de 91 mil mulheres no Brasil, 43,5 mil só na última década. O número de mortes nesses 30 anos passou de 1.353 para 4.297, o que representa um aumento de 217,6% – mais que triplicando – nos quantitativos de mulheres vítimas de assassinato.
De 1996 a 2010 as taxas de assassinatos de mulheres permanecem estabilizadas em torno de 4,5 homicídios para cada 100 mil mulheres. Espírito Santo, com sua taxa de 9,4 homicídios em cada 100 mil mulheres, mais que duplica a média nacional e quase quadruplica a taxa do Piauí, estado que apresenta o menor índice do país.
Entre os homens, só 14,7% dos incidentes aconteceram na residência ou habitação. Já entre as mulheres, essa proporção eleva-se para 40%.
Duas em cada três pessoas atendidas no SUS em razão de violência doméstica ou sexual são mulheres; em 51,6% dos atendimentos foi registrada reincidência no exercício da violência contra a mulher.
Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.
- Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência.
- 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.
- 52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema.
Esses são alguns dos achados da Pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, realizada pelo Instituto Avon / Ipsos entre 31 de janeiro a 10 de fevereiro de 2011.

91% dos homens dizem considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”. 
- Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido”.
- O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados.
- Cerca de seis em cada sete mulheres (84%) e homens (85%) já ouviram falar da Lei Maria da Penha e cerca de quatro em cada cinco (78% e 80% respectivamente) têm uma percepção positiva da mesma.
A Pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado foi realizada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o SESC

66% das brasileiras acham que a violência doméstica e familiar contra as mulheres aumentou, mas 60% acreditam que a proteção contra este tipo de agressão melhorou após a criação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006)
Realizado em 2011, o levantamento indica que o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha cresceu nos últimos dois anos: 98% disseram já ter ouvido falar na lei, contra 83% em 2009.
Medo e rigor da lei impedem denúncias
O medo continua sendo a razão principal (68%) para evitar a denúncia dos agressores.
Para 64% das mulheres, o fato de a vítima não poder mais retirar a queixa na delegacia também faz com que a maioria das mulheres deixe de denunciar o agressor.
A pesquisa mostra que 57% das entrevistadas declararam conhecer mulheres que já sofreram algum tipo de violência doméstica.
O tipo de violência que mais se destaca é a física, citada por 78%; em segundo lugar aparece a violência moral, com 28%, praticamente empatada com a violência psicológica, 27%.
Álcool e ciúmes são apontados como principais causas
Entre as mulheres que afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência e que citaram, espontaneamente, o motivo da agressão, embriaguês e ciúmes foram os mais lembrados.
Em 66% dos casos, os responsáveis pelas agressões foram os maridos ou companheiros.
Quase a totalidade das entrevistadas, 96%, entende que a Lei Maria da Penha deve valer também para ex-namorado, ex-marido ou ex-companheiro.
"A maioria das mulheres agredidas, 67%, informou não conviver mais com o agressor, mas uma parte significativa, 32%, ainda convive e, destas, segundo a pesquisa, 18% continuam a sofrer agressões. Dentre as que disseram ainda viver com o agressor e ainda serem vítimas de violência doméstica, 40% afirmaram ser agredidas raramente, mas 20% revelaram sofrer ataques diários", diz a reportagem da Agência Senado.
Decisão do STJ enfraquece a Lei Maria da Penha
A pesquisa também perguntou que as mulheres pensam sobre a nova interpretação da Lei Maria da Penha, estabelecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em dezembro último. Para o STJ, a lei é compatível com a dos Juizados Especiais, o que permite a suspensão da pena nos casos em que a condenação for inferior a um ano. Dessa forma, o juiz pode trocar a pena de prisão por pena alternativa ou, ainda, suspender o processo. Segundo a pesquisa DataSenado, a maioria das entrevistadas ficou insatisfeita: para 79%, essa decisão enfraquece a lei.
Desde 2005, o DataSenado repete o levantamento sobre a violência doméstica contra as mulheres, com a atualização de parte das perguntas e ampliação do universo pesquisado. Em sua quarta edição, o estudo concluído em fevereiro de 2011 realizou 1.352 entrevistas, apenas com mulheres, em 119 municípios, incluídas todas as capitais e o Distrito Federal.
Acesse na íntegra: DataSenado: Pesquisa sobre Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher 2011

Ligue 180 registra 53% de risco de morte em relatos de violência contra as mulheres
Saiba mais sobre o balanço trimestral da Central de Atendimento à Mulher
12/04/2012 - CPI lança ‘site’ para facilitar denúncia de violência contra a mulher


Serviços de Atendimento à Mulher disponíveis no país 
O Brasil tem mais de 5.500 municípios e apenas: 
190 Centros de Referência (atenção social, psicológica e orientação jurídica)
72 Casas Abrigo
466 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
93 Juizados Especializadas e Varas adaptadas
57 Defensorias Especializadas
21 Promotorias Especializadas
12 Serviços de Responsabilização e Educação do Agressor
21 Promotorias/Núcleos de Gênero no Ministério Público
Fonte: Secretaria de Políticas para as Mulheres

Entre no site da Secretaria de Políticas para as Mulheres para ter acesso à relação de serviços de atendimento específicos para mulheres (separados por Estado)

Nenhum comentário:

Postar um comentário